segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Simuladores de vôo a serviço da segurança

Os tripulantes ensaiam cenas semelhantes a essas centenas de vezes por dia em simuladores de vôo como esse. Por quê? Isso faz parte do treinamento deles e também aumenta a segurança dos passageiros. Mas por que não treinam em aviões de verdade? Há muitas razões, mas antes de entrar em detalhes, vamos analisar melhor como surgiu e foi desenvolvido o simulador de vôo.

A Primeira e a Segunda Guerra Mundial fizeram crescer a procura por pilotos habilitados e para satisfazer essa demanda criaram-se escolas com simuladores de vôo bem rudimentares. No fim da década de 60, houve um grande avanço nesse campo e os simuladores, cada vez mais realísticos, já reproduziam efeitos bem sutis, por exemplo, como o avião se comporta com a variação de peso e com a variação de combustível. Esses fatores afetam, e muito, o comportamento do avião. E durante o vôo, com a queima e a diminuição de combustível, as condições de vôo da aeronave mudam. Essas e muitas outras situações podem ser simuladas graças ao avanço na eletrônica e na informática.

O alvo é produzir simuladores que imitem um vôo de verdade com o maior realismo possível e, para essa finalidade, os simuladores atuais têm bases hidráulicas que dão seis graus de movimento. O motor do sistema é movido por enormes bombas hidráulicas que por um momento submetem os tripulantes a uma série de forças de movimento com uma potência de +1 a –1 g.

Os pilotos começam a ajustar os controles e logo começam a sentir os efeitos, como se estivessem em um avião de verdade. Eles sentem a aceleração, desaceleração, rolamento, arfagem, toque na pista, rugosidade da pista e condições meteorológicas não só no ouvido interno, mas no corpo todo.

Hoje, com o avanço na informática, os sistemas visuais criados pelo computador retratam aeroportos específicos do mundo e a paisagem urbana também. Imagens idênticas à realidade são projetadas em telas que pegam toda a frente da cabina do piloto do simulador. O ângulo da imagem chega a 180 graus de largura e 40 graus de altura. A vantagem é que os pilotos podem “voar” a qualquer hora em um simulador, durante o dia, ao entardecer ou à noite e sob quaisquer condições climáticas — neve, chuva, raios, granizo ou neblina.

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