segunda-feira, 24 de maio de 2010

Como são mantidos em condições de vôo




Segundo a Associação Americana de Transporte Aéreo, as empresas de aviação associadas realizam mais de 95% do tráfego aéreo, de passageiros e de carga, nos Estados Unidos. Em 1997, essas empresas tinham ao todo uns 65.500 mecânicos de avião na ativa. Junto com engenheiros e outras equipes de manutenção, a missão dos mecânicos de avião é manter o aparelho em condições de vôo e assegurar o conforto dos passageiros. Isso significa inspecionar, consertar e vistoriar a imensidão de partes especializadas — as máquinas dentro da máquina — que fazem o avião voar. Essa manutenção programada inclui tudo, desde vistoriar turbinas a jato de mais de quatro toneladas a substituir carpetes nas cabinas.

A maioria dos problemas mecânicos recebe atenção imediata. Contudo, o programa de manutenção do avião inclui outros serviços de manutenção à base do número de meses que a aeronave está em uso, ou do número de ciclos e do número de horas que cada aeronave voou, não à base de quilômetros voados. O programa começa com as recomendações de manutenção do fabricante aos operadores, que precisam ser aceitáveis para as autoridades de aviação. Todo avião tem seu próprio programa de manutenção sob medida, que vai desde inspeções leves a inspeções grandes (ou, de bloco), passando por inspeções intermediárias. Essas inspeções são designadas por letras, como A, B, C, D, L, ou Q.

Um 747-200 levou uns oito anos para chegar a cerca de 36.000 horas de vôo. Daí, era tempo de ir ao hangar para uma inspeção grande, também chamada de inspeção D. Falando sobre essa inspeção complexa e demorada, a revista Overhaul & Maintenance, especializada em administração aeronáutica, diz: “O alvo . . . é conseguir, ao máximo possível, levar uma inteira estrutura aeronáutica à sua condição original. . . . Uma inspeção D leva de 15.000 a 35.000 horas de trabalho, e pode tirar um avião de circulação por 15 a 30 dias, ou mais. O custo varia de 1 a 2 milhões de dólares.” “Uma inspeção D típica é 70% trabalho e 30% materiais”, disse Hal Chrisman, da The Canaan Group, uma empresa de consultoria sobre administração aeroespacial. Naturalmente, parte desse custo está incluído no bilhete de passagem.

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