segunda-feira, 24 de maio de 2010

Problemas

Tudo isto talvez soa bem para o prospectivo viajante no “Jumbo” Jato, mas deve-se esperar certos problemas. Mesmo que se prometa haver mais conforto para os passageiros, o 747 ainda será um avião apinhado. Poderia transportar até 490 passageiros, mas a maioria das linhas aéreas terão 360 a 370 passageiros.

Estarão preparados os aeroportos? Apenas este único avião, o “Jumbo” Jato, vai necessitar de equipamento quase todo novo para ser dirigido, equipamento muito custoso que terá de ser localizado em todo aeroporto em que o 747 aterrissar. Por exemplo, um trator especial para rebocá-lo teve de ser construído para ele, um trator que pesa tanto quanto um DC-6 plenamente carregado e que é suficientemente poderoso para puxar três 707. Seu custo? Cerca de NCr$ 500.000,00. Mas, esta é apenas uma das peças do equipamento custoso exigido para se manusear este enorme avião.

Novas e mais amplas terminais são necessárias para acomodar o grande número de passageiros que desembarcarão quando um 747 se aproximar de sua porta de desembarque. A maioria das terminais não são o suficientemente grandes para o tráfego mesmo agora. Naturalmente, um argumento usado é que o congestionamento aéreo será reduzido porque um 747 pode levar tantos passageiros quanto três 707. E, ao passo que isto talvez diminua o número de aviões que chegam, ainda assim haverá tremendos números de pessoas desembarcando, todas ao mesmo tempo — uma situação que não pode ser ignorada.

Este projeto inteiro é muitíssimo custoso, não só a compra do avião, mas também o fornecimento do equipamento de terra e as novas terminais. Por exemplo, apenas a Pan-American dedicou mais de NCr$ 720 milhões às dependências terrestres em todo o mundo, a fim de preparar-se para o “Jumbo” Jato 747. E cada um destes “Jumbo” Jatos custará mais de NCr$ 80 milhões. Assim, tremendo dispêndio será necessário para se adquirir e cuidar do “Jumbo” Jato em todo o mundo.

Outro problema talvez seja encher todos os lugares deste avião. Assim, novas tarifas reduzidas têm sido sugeridas, com a esperança de que o 747 possa pagar-se a si mesmo. Naturalmente, tais tarifas reduzidas seriam muito bem acolhidas pela maioria dos viajantes aéreos.

Apesar dos problemas e do preço, o “Jumbo” Jato está sendo vendido. As principais linhas aéreas já solicitaram mais de 200 destes enormes aparelhos da Boeing, os primeiros vinte e cinco deles indo para a Pan Am. Por fim, a Boeing estará produzindo um 747 cada dois dias e meio em sua fábrica em Everett, Washington.

Mas, quando poderá voar nele? Bem, não terá de esperar muito. Esperava-se que o primeiro 747 entrasse em serviço regular no trajeto Nova Iorque-Londres da Pan-Am em dezembro de 1969. A segunda geração de jatos está prestes a surgir em cena. Se for viajante aéreo, então, com toda a probabilidade, estará viajando no “Jumbo” Jato por volta de 1970. — Contribuindo.

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