segunda-feira, 24 de maio de 2010

Presenciei um seqüestro aéreo!

“AQUELE homem está armado!” As palavras fizeram gelar nossa espinha. Ao me virar para meu amigo, sentado perto, notei a grave expressão em seu rosto, ao garantir à esposa que não estava brincando: “Aquele homem está armado!”

Olhei em direção à parte da frente do avião, e vi um rapaz com jaqueta de couro marrom, brandindo uma espingarda. “Não pode ser”, pensei eu. “Revistaram-nos antes de tomarmos o avião em Pasto, Colômbia. Como foi que conseguiu a espingarda sem ser apanhado?”

No entanto, não importava como, agora, porque, tão real como a própria vida, ele estava ali. Todos nós já o tínhamos visto agora, descrendo em nossos próprios olhos e, mesmo assim, achando que nosso coração disparara e nossa respiração estava ofegante.

Dentre os 46 passageiros, 12 eram estudantes da Bíblia, a caminho para Bogotá, Colômbia, a fim de assistirmos à Assembléia Internacional “Vitória Divina” dos Estudantes da Bíblia, de 23 a 27 de janeiro. O que aconteceria agora? Eu e minha esposa oramos juntos, pedindo a  Deus que nos fortalecesse para o que pudesse vir.

De início, parecia que o pistoleiro iria roubar-nos, porque tomava algo dos passageiros nas filas da frente. Sua expressão era de grande intensidade e temor. Ordenou a coleta de nossas carteiras de identidade. Com uma das mãos, segurava a espingarda. A outra tremia, ao examinar os documentos. Seu nervosismo suscitou em nós uma sensação bem ominosa. A quem procurava? Havia alguém que ele planejava matar?

Ao olharmos, quase com medo de respirar, o seqüestrador pausou, olhou um grupo de documentos e bradou um nome — meu nome! Abalado, como se num sonho, esperei alguns segundos. Por fim, levantei a mão como se estivesse na escola e respondi: “Presente.”

Meu medo atingiu um auge. Mas, suas próximas palavras me trouxeram alívio, ao começar a bradar outros nomes, aparentemente sem nenhuma razão. Pelo menos, não estava marcando a ninguém.

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