Com o tempo, protótipos do Concorde foram construídos. O primeiro voou em 2 de março de 1969, e, em 1970, atingiram-se, pela primeira vez, velocidades supersônicas. Mas houve problemas que continuaram elevando os custos de produção. Ao mesmo tempo, a oposição à inteira idéia de vôo supersônico tornou-se muito forte. Assim, na primavera setentrional de 1971, os EUA arquivaram seus planos para o projeto quando, depois de gastarem cerca de US$ 1 bilhão, o Congresso cortou todos os fundos adicionais do Governo.
As vendas esperadas do Concorde não se materializaram. O número máximo de opções de compra foi de apenas 74. Daí, em 21 de Janeiro de 1973, ocorreu um grande golpe, quando a “Pan American World Airways” e a “Trans World Airlines” cancelaram suas opções de comprar 13 aviões. Outras linhas também cancelaram, mais tarde, suas opções de compra Assim, além da “British Airways” e da “Air France”, que possuem Concordes, apenas a China comunista e a “National Airlines” do Irã ainda mantiveram seus pedidos de compra.
Outro grande golpe foi dado em junho de 1973. Aconteceu durante o Salão de Aeronáutica de Paris. Os soviéticos demonstravam um protótipo do jato supersônico TU-144 quando espatifou-se e matou pelo menos 13 pessoas. Isto preocupou os que ainda tinham opções de compra de Concordes; ficaram imaginando se também era seguro. Também, o programa soviético sofreu um retrocesso, de modo que os soviéticos ficaram, por fim, dois anos atrasados dos ingleses e franceses em iniciar o serviço supersônico de passageiros.
Em 6 de dezembro de 1973, o primeiro Concorde da linha de produção começou a voar. Os vôos de prova o levaram a todo o mundo. Visitou mais de 40 países, e aterrissou em 70 aeroportos internacionais. Depois de mais de 5.000 horas de vôo, o avião obteve um certificado de vôo e, conforme já observado, começou o serviço aéreo regular em Janeiro de 1976.
Viajar no Concorde significa que a pessoa fica menos de 12 horas de praticamente qualquer lugar da terra. Amiúde reduz na metade o tempo que outros aviões levam para chegar a algum lugar. Por que, então, existe tamanha oposição às suas operações?
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