terça-feira, 15 de junho de 2010

O vôo supersônico — tem caráter permanente?

NOVA era na aviação teve início em 21 de janeiro de 1976. Dois aviões luzidios, de nariz pontiagudo, um em Londres e outro em Paris, deslizaram pelas pistas para decolagens quase simultâneas. Inaugurava-se o vôo comercial supersônico ou hipersônico no mundo ocidental!

O avião que decolou de Paris fazia seu vôo inaugural para o Rio de Janeiro, Brasil, com escala em Dacar, Senegal. À medida que o velocímetro aéreo (chamado maquímetro), à vista dos passageiros sentados à frente, atingia a velocidade do som, um deles relatou: “Houve suspiros e vivas. Daí, veio o anúncio da cabina do piloto: ‘Senhoras e senhores, acabam de tornar-se os primeiros 100 passageiros da história do mundo a transpor a velocidade do som, num vôo comercial.’ “

Na realidade, a União Soviética iniciara o serviço supersônico — com seu TU-144, em dezembro de 1975 — mas foi apenas para mala postal e carga. Não foi senão em novembro de 1977 que os soviéticos começaram o serviço supersônico de passageiros de Moscou a Alma-Ata, na Ásia central. O avião que inaugurou o serviço hipersônico de passageiros foi o Concorde, produzido conjuntamente pela Grã-Bretanha e França. Dezesseis Concordes já foram ou estão sendo construídos, e nove estão agora em serviço.

No seu primeiro ano, os Concordes transportaram 45.000 passageiros pagantes. Haveria muitos outros, não fora a grande oposição contra tais aviões. Os vôos regulares para a área de Washington, D. C., EUA, não foram permitidos senão em 24 de maio de 1976. E se passou ainda outro ano e meio antes de serem permitidos vôos comerciais para Nova Iorque, em fins de 1977.

Por que existe oposição aos jatos supersônicos de passageiros? Acha-se deveras em perigo a continuação de seu serviço? Quais são as vantagens do vôo supersônico?

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