terça-feira, 15 de junho de 2010

“Lembre-se de Pearl Harbor!”


ERA uma linda manhã de domingo na ilha de Oahu. Adeline, uma jovem nipo-havaiana que cursava a sexta série, estava no quintal de sua casa, na área central de Honolulu. Ela viu aviões voando e muita fumaça subindo da direção de Pearl Harbor. Era um outro vôo de treinamento militar?

As pessoas em Oahu estavam acostumadas a manobras militares e a tiros de treinamento, tanto assim que até mesmo o Vice-Almirante William S. Pye, da Frota do Pacífico dos EUA, olhou pela janela de seu apartamento e disse à esposa: “Parece estranho que o Exército esteja fazendo exercícios de tiro ao alvo numa manhã de domingo.” Essa manhã de domingo era a do dia 7 de dezembro de 1941.

Ao ouvir aviões se aproximando, um rapazinho de 13 anos olhou pela janela. “Papai”, relatou ele a seu pai, comandante da Base Aeronaval de Kaneohe, “os aviões têm círculos vermelhos”. Uma breve espiada no disco vermelho, o sol nascente, nos aviões da Marinha Imperial nipônica, bastava para contar toda a história — era um ataque de surpresa!

O almirante H. E. Kimmel, comandante da Frota do Pacífico, dos EUA, estacionada em Pearl Harbor, recebeu um informe do ataque, pelo telefone. Seu rosto ficou “tão branco quanto o uniforme que trajava”, enquanto observava de pé, completamente aturdido, os aviões inimigos em vôos rasantes, como vespas, bombardearem sua frota. “Eu soube imediatamente”, relembra ele, “que algo terrível estava acontecendo, que não se tratava apenas de um ataque aéreo casual, feito por alguns aviões isolados. O céu estava repleto de aviões inimigos”.

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