terça-feira, 1 de junho de 2010

Rotas aéreas colidentes

Os 266 passageiros de um vôo da Conair retornavam à Dinamarca depois de um feriado na ilha espanhola de Ibiza. Seu bimotor modelo “Airbus” acabara de decolar quando ocorreu uma explosão no motor esquerdo. Com apenas um motor funcionando, o avião avariado procurou ganhar altura. Graças à habilidade do piloto, o avião fez um bem-sucedido pouso de emergência após 24 minutos de um vôo de arrebentar os nervos.

Evitara-se uma tragédia. No entanto, autoridades da segurança aérea ficaram ansiosas para saber o que causara a explosão do motor num momento tão crítico como a decolagem. A provável causa da explosão? Uma gaivota galfoeira.

Anos atrás, o céu era só das aves. Nesta parte final do século, porém, seu espaço aéreo tem ficado cada vez mais congestionado por causa do volume do tráfego de aviões. Não surpreende que isto resulte em acentuado aumento no número de colisões entre aves e aviões. O perigo para os passageiros é ainda mais sério quando as aves são sugadas para dentro da entrada do motor, como aparentemente aconteceu em Ibiza.

Visto que a maioria das colisões com aves ocorre perto de aeroportos, autoridades aeroportuárias têm gasto grandes somas em dinheiro em vários métodos que visam manter as aves bem longe. Num aeroporto em Vigo, na costa noroeste da Espanha, tenta-se uma nova tática. Trata-se do uso de aves predadoras, principalmente o açor, para patrulhar as pistas de decolagem. Para aumentar a eficácia deste método, tocam-se gravações de gritos de alarme de gaivotas enquanto os açores voam. A visão ameaçadora do açor voando, combinada com os penetrantes gritos de alarme, persuade as gaivotas a procurar um abrigo mais seguro em outro lugar.

Até agora, os açores têm tido notável êxito em manter as gaivotas longe. Espera-se que com este método inovador os aviões possam voar e deixar voar. Afinal, as aves foram as primeiras a viajar pelo ar.

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