“É um som mais baixo, mais profundo”, observa Dexter Davis, encarregado do Aeroporto Dulles, próximo de Washington, D. C., EUA. “Acho-o muito menos irritante do que um som gemebundo.” Um morador das proximidades do Aeroporto Heathrow, de Londres, afirma: “Sei quando se trata dum Concorde. O ruído é totalmente diferente. As janelas sacodem em nossa varanda, devido à vibração. E, quando estou na casa de meu amigo, em Hatton Cross, tenho de cobrir os ouvidos com as mãos.”
Há diferentes opiniões quanto a serem os supersônicos mais objetáveis que os outros jatos. Comentava, em editorial, The Wall Street Journal: “Os dentre nós que já ouviram o Concorde aterrissar e decolar podem notar muito pouca diferença entre seu ruído e o ruído dum 707.”
No entanto, o Concorde amiúde registra mais ruído do que outros jatos. Ainda assim, o Post de Nova Iorque, de 4 de novembro de 1977, veiculou: “A Administração Federal de Aviação declarou, ontem, que o nível médio de ruído em cada uma das sete localidades em que tomou medições, durante os vôos de prova [do Concorde], estava dentro dos limites aceitáveis.”
Certamente, porém, isto pouco consolo traz aos que moram perto dos aeroportos. Eles já sofrem com os ruídos que eles, e provavelmente qualquer outra pessoa que more onde eles moram, considerariam inaceitáveis. E, agora, as perspectivas de uma aeronave, ainda mais ruidosa, aterrissar e decolar ali, constituem, compreensivelmente, motivo para que desejem mudar-se.
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