quarta-feira, 30 de junho de 2010

O sonho de voar

“AS MÁQUINAS voadoras, sem exceção, têm sido uma rápida confirmação do adágio que aprendemos na juventude: ‘O que sobe, tem de descer.’”
Assim começou um editorial um tanto céptico do jornal The New York Times, de 25 de maio de 1908 — menos de cinco anos depois que os irmãos Wright realizaram seu famoso vôo em Kitty Hawk, na Carolina do Norte, EUA. Ainda duvidoso do êxito das recém-inventadas “máquinas voadoras” que começavam a surgir nos ares, o editorialista ponderou que “comparativamente poucos de nós temos vontade de flutuar no ar a uma grande distância da Terra”. Embora reconhecesse que gerações futuras talvez viessem a se entusiasmar por viagens aéreas, o artigo afirmou que o “sonho de aeronaves de passageiros a longa distância . . . talvez nunca se realize”.
Que predição equivocada! Hoje, mais de um bilhão de passageiros por ano voam em “aeronaves de passageiros de longa distância”. Em um século, os aviões se transformaram de frágeis engenhocas de madeira e pano, na virada do século, em estilizadas aeronaves a jato computadorizadas, que voam a uns 10 mil metros de altitude transportando centenas de passageiros a lugares remotos num confortável ambiente climatizado.
O rápido progresso da tecnologia da aviação no século 20 tem sido realmente notável e mudou radicalmente o mundo. Na verdade, a história da luta do homem para conquistar os céus remonta a muito mais do que a algumas décadas — ou até mesmo a séculos. O sonho de voar era uma obsessão que perseguia os homens desde a antiguidade.

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